terça-feira, novembro 30

Tabaco

Pois é...
Comecei a fumar tabaco de enrolar. Já o tinha feito á muitos anos atrás, mas nessa altura, por ser uma jovem irreverente. Hoje faço-o por necessidade. Um pacote de tabaco custa umas dezenas de cêntimos mais que um maço de SG Ventil e dura 4 vezes mais.
E estou contente. Tal como diz o ditado, "há males que vêm por bem". Senão vejam.
É mais saboroso, é mais saudável, tem menos porcarias adicionais, até vêr não tem pesticida, faço cigarros mais finos, duram mais, não ardem no cinzeiro porque as mortalhas não estão feitas para arder mas sim para durar, acabo por fumar menos porque cada cigarro satisfaz muito mais, fumar um cigarro tornou-se um ritual, enfim, só vantagens.
Mas não foi fácil.
Primeiro começou com a escolha de tabaco. Não fazia ideia de que tabacos existiam em venda. Na internet via muitas marcas, mas poucas especificações (teor de nicotina, alcatrão, etc.). Resolvi ir a uma tabacaria e tentar perceber o que queria fumar. A pequena atrás do balcão em resposta ao meu pedido limitou-se a apontar uma prateleira atrás ela (bastante atrás e acima) e a dizer-me "escolha"... ai ai, mas escolho como? Depois lembrei-me que já tinho fumado Samson nuns pacotes laranja e que não achei muito mau na altura. E foi isso que escolhi... o tal Samson de pacote laranja e mais umas mortalhinhas.
Depois foi o enrola-los... ai ai... a pratica desaparece com a não prática e a coisa não estava a sair nada bem. Lembrei-me que tinha uma maquina de enrolar algures. ahhhh tudo se encaminhava. Mas isto de fumar sem filtro... comecei a tirar tabaco dos labios e a lembrar-me dos velhotes lá da minha terra a fumarem definitivos. Não, definitivamente, ainda não estava bem. Recorri ao filtro de cartão. Ficava melhor, mas o sabor intenso a nicotina que me ficava nos lábios chateava-me e acabei por voltar ao Ventil.
Uns dias depois, providencialmente, recebi a visita de um amigo que fumava tabaco de enrolar. O homem era pró na coisa, até filtros proprios para tabaco de enrolar usava. E depois de alguma conversa, decidi experimentar o tabaco que ele fumava, Cutters Choice, de origem Irlandesa mas empacotado na Holanda e achei muito bom. Lá fui eu de novo á tabacaria, agora com a certeza daquilo que quero. Tabaco Cutters Choice, mortalhas Rizla finas, filtros Venti ou Cañuna.
Depois descobri outro também bastante bom, mas mais fraco e mais caro, o Golden Virginia.
São estes dois tabacos que fumo, alternando, até me decidir por um, e já sinto um imenso prazer em fumar tabaco de enrolar.

Inverno... Posted by Hello
Não tenho nada para dizer...
só que está tanto frio em mim como lá fora

segunda-feira, novembro 29

São loucos...

São loucos os que respondem com agrura a palavras agressivas ditas com intenção simpatica
São loucos os que justificam os seus actos quando os outros não os querem ouvir
São loucos os que se preocupam mais com os outros do que com eles próprios
São loucos os que deixam de dormir para que os outros possam acordar
São loucos os que pensam e sofrem por pensar
São loucos os que se deixam culpabilizar só por reagirem
São loucos os que se encolhem á espera que passe
São loucos os que entristecem o seu dia
São loucos os que se esforçam convencendo os outros de que não vão falhar
São loucos os que falham e são castigados por isso
São loucos os que não esquecem
São loucos...

Com o espirito de Natal... Posted by Hello

sexta-feira, novembro 19


Solidão - Foto do meu amigo Bruno Posted by Hello

Compensação...

Compensar é o acto de igualar ou equilibrar. Isto aplicado a sentimentos ou a mal estares, não faz sentido para mim. Como é que se compensa alguem que foi magoado fisica ou psicologicamente? Eu acho que não é possível. Por muito que se acarinhe, que se dê atenção, não se volta atrás, os acontecimentos, as palavras, não desaparecem. Podemos até esquecer, mas alguma marca ficou. A unica maneira de compensar seria reverter e isso não me parece possível.
E nem vou falar das compensações materiais, porque essas parecem-me mais absurdas.
Como no caso de uma mulher que se sente abandonada pelo companheiro, por muito que ele lhe diga "eu depois compenso-te", ela sente-se abandonada. E quando ele voltar e a acarinhar, e lhe der atenção, ela vai sentir-se melhor, mas não deixa de se ter sentido abandonada. Se ela se sentiu abandonada é porque precisava de estar acompanhada, porque se sentia frágil, carente. Sofreu por isso, sozinha. Tudo o que pensou, tudo o que ultrapassou sozinha, estão dentro dela, modificaram-na. Mesmo que ela consiga esquecer, toda a mágoa que sentiu deixou marcas nela e naquilo que sentia por quem a abandonou. Nada volta a ser como era. Na maior parte das vezes essas marcas nem se sentem, mas ficam lá e acabam por mais tarde ou mais cedo fazer estragos.
A compensação só faz sentido se for material por danos materiais. É a unica forma em que devia ser utilizada.

quinta-feira, novembro 18


E esta também de Geneve só porque achei curiosa Posted by Hello

Quando o Lago quer ser Oceano - Tempestade no ultimo fim de semana em Geneve Posted by Hello

quarta-feira, novembro 17


Flor invulgar Posted by Hello

segunda-feira, novembro 15

Os Americanos que pensam

http://www.sorryeverybody.com/

Já agora, visitem este site. É bastante interessante. Ficamos com a certeza que uns bons milhares de Americanos pensam e pedem desculpa pela demência da maioria.

Natal, Frio, Neve e lembranças

Pois é... Agora que chegou o inverno e o frio e que estamos proximos do Natal, lá começo eu com a prespectiva de ir passar as festarolas no Norte da Europa, mais exactamente na Holanda.
Em Amesterdão nada muda com a chegada da neve. Aliás, muda a cor da cidade. O reboliço e a intensa actividade continuam como se nada de diferente estivesse a acontecer. Acredito que seja uma questão de hábito, afinal lá neva todos os anos.
Quem dera que caisse neve em Lisboa. Era tão mais interessante passear por esta cidade revestida de branco. Mas não... se queremos neve no Natal, temos que ir para o Norte.
Quero voltar a andar pelas ruas da cidade debaixo de neve, quero voltar a estar numa praia onde a areia é substituida por neve, quero ver os lagos gelados como espelhos, quero voltar a fazer um boneco de neve na madrugada de Natal.
Quero mas está difícil.
Mas como não costumo desesperar ou cruzar os braços, vou continuar a querer e talvez consiga o que quero.
Pela neve na Cidade.

Boneco de Neve Posted by Hello

sábado, novembro 13


RAMMSTEIN - MEIN TEIL Posted by Hello

RAMMSTEIN - REISE, REISE Posted by Hello

sexta-feira, novembro 12


RAMMSTEIN Posted by Hello

RAMMSTEIN no Pavilhão Atlântico

Quem já tinha assistido ao vivo a um concerto de Rammstein sabia o que o esperava, mas não deixou de sentir uma enorme expectativa, que aumentou ao entrar no pavilhão e ver aquela massa humana em completa "efervescência" á espera dos primeiros acordes. Eram 12 mil pessoas o que tornava a coisa empolgante e assustadora ao mesmo tempo.
Da primeira parte e dos Exilia (ao que parece uma banda Italiana) nada sei. Cheguei tarde e com bilhete para a bancada o que fez com que só arranjasse lugar na lateral do palco. Acabou por não ser mau de todo. Embora tivesse perdido toda a impunência de ver aquele espectáculo de fogo e pirotecnia (com algumas artes teatrais pelo meio) de frente, ganhei a oportunidade de ver a grande actividade de backstage e a enormidade de meios envolvidos, o que não deixou de ser curioso e que me impressionou bastante.
Mas vamos ao concerto. Foi soberbo. Não se limitaram a apresentar o novo album "Reise Reise" (em português "Viagem Viagem") mas também fizeram uma incursão por temas mais antigos, com especial incindência no album "Mutter". Assim que começaram os primeiros acordes de "Reise, Reise" (a primeira musica que tocaram) e até ao final, estiveram á sua altura assim como o público que nunca deixou de os acompanhar em perfeita exaltação.
A encenação era nova, quente e explosiva. Desde as explosões em palco, as chamas a sair dos musicos ou do palco ou de qualquer lado (havia fogo por todo o lado), a pirotecnia, até aos papelinhos vermelhos, azuis e brancos a ilustrar o "Amerika", houve de tudo.
Mas os pontos altos da noite, foram no tema "Du hast" (do album "Sehnsucht") e na sequência "Sonne", "Ich Will" (ambos do album "Mutter"), albuns mais que conhecidos do público português e já tocados anteriormente em Lisboa.
Apesar de cantarem na sua lingua materna (o alemão) o publico sabe as letras dos refrões e canta-as, o que prova o culto que geraram á sua volta pelo mundo e também em Portugal. No final Till Lindemann (o vocalista) presenteou-nos com um "Muito Obrigado Lisboa" numa dicção quase perfeita e muito aclamada pelo público. Estas coisas ficam sempre bem.
Foi um concerto a reter na memória, pelo menos até à proxima vinda destes senhores.

quarta-feira, novembro 10

Estou a pensar

...

O sorriso Posted by Hello

terça-feira, novembro 9

Pensamento profundo

Hoje li uma frase que me fez abanar a cabeça efusivamente em concordância, principalmente por me lembrar dos debates a que assisti na ultima semana.
Portugal é um país geométrico: é rectangular e tem problemas bicudos discutidos em mesas redondas...por bestas quadradas!
Digam lá que não está uma frase bem esgalhada?

Paliçada Posted by Hello

segunda-feira, novembro 8

"Ter ou não ter namorado"

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de pele, de saliva, de lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira; basta um olhar de compreensão ou mesmo aflição. Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, paqueras ou envolvimentos, mesmo assim não pode ter namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema,sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos de amor com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não têm namorado quem não redescobriu a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d´água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musica da estação do Metrô.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado.
Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilo e medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de festa em seus olhos e beba o néctar dos contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida passar e de repente parecer que tudo faz sentido.
Autor: Carlos Drummond de Andrade

o curioso... Posted by Hello

sexta-feira, novembro 5

RELAÇÕES E RALAÇÕES

As relações amorosas já por si são complicadas. Basta que sejam entre dois seres humanos, e acreditem, não existem duas pessoas a pensar da mesma forma, a terem sempre a mesma opinião e a quererem as mesmas coisas. Mas a "coisa" geralmente até corre bem desde que ambos apostem em não a estragar.
Mas do que queria falar, era das pressões externas. Isso sim é tramado. Quer seja da familia, dos amigos ou até ao nível profissional. Imaginem um casal em que trabalham os dois em cargos opostos e conflituosos, como é que fazem? não falam de trabalho? ou falam, discutem, arranham-se todos e acabam por se separar? É complicado. No entanto, eu estas pressões externas até compreendo (a vida ás vezes brinca com as almas mais desprevenidas), e as pressões da familia também sou capaz de entender, no fundo os pais só querem o nosso bem estar (ou deveria ser sempre assim) outras vezes não estão preparados para as nossas escolhas, mas são a nossa familia, a quem devemos algo, mais que não seja, respeito. O que não entendo são as pressões dos amigos.
Não é suposto os amigos nos apoiarem e ajudarem mesmo que estejamos a cometer a maior borrada da nossa vida? E quando as pressões são porque deixam de ter a companhia com que sempre contaram? Ah pois é! O amigo arranjou uma companhia permanente, ai que chatisse! - E agora a quem é que eu vou telefonar num sábado á noite quando não tiver mais ninguem para sair? E a quem é que telefono ás 5h da manhã para desabafar? Ou quem é que convido para ir comigo aquele concerto de que ninguem gosta? - Dizem os amigos traídos.
E nunca se ficam por aqui. Dizem-nos que mudámos, que já não somos os mesmos, que estamos piores, que a pessoa com quem estamos não presta, que nos está a afastar, que nos faz mal, etc, etc. E insistem, insistem... e deixam de nos falar, sempre com alguma esperança que lhes demos ouvidos. Não damos (alguns dão e acaba-se uma relação e logo a seguir uma amizade).
Depois acabam por perceber que não adianta, que vão ter que passar a contar com mais uma pessoa na vida do amigo e consequentemente na vida deles. Aí vem a reconciliação, mas a amizade nunca mais vai ser a mesma. Até porque, na maior parte dos casos, a outra pessoa (a incomoda) ficou a saber destes desaires e dificilmente esquece que esteve no papel de "não grata".
As relações passam a ter ralações, desnecessáriamente... Enfim...

quinta-feira, novembro 4


Espelho de beleza Posted by Hello
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