sexta-feira, janeiro 28

Uma viagem nocturna pelo Bairro alto e arredores – onde tudo pode acontecer...

R. Diário de noticias
- Paginas tantas : aquilo que eu chamo o bar cocó... há quem goste. Eu até gosto da música, jazz, sabe bem para começar a noite. Um bar cheio de meninas que se acham boas mas com um ar muito enjoado e com os respectivos meninos, que de bons nada têm mas que não destoam no enjoamento. Aqui nada acontece!!
- Bar Artis: gente muito boa, musica bem, calma, é um bar para a conversa sempre cheio, o espaço tb é pequeno. O chamado bar da luz vermelha. Mas desenganem-se. Na maior parte, os clientes tendem para a homossexualidade. Um sitio óptimo para conhecer pessoas interessantes.. mas nada de excitações!!
- Mezcal: já foi o bar preferido dos “Erasmus” até que começaram a promover os shots e a coisa estragou-se. Normalmente com muita gente cá fora (lá dentro mais que 5 pessoas fica apertado), e muita gente miúda. Mas continua a ter os melhores burritos da redondeza.

R. da Barroca
- Clandestino :
Até podemos escrever nas paredes e nas mesas e até no chã. Em frente à única loja de preservativos. Eu até acho que há uma interacção entre o bar e a loja, enfim, coisas minhas. A música é rock, geralmente está um cd a tocar durante semanas desde Pixies a U2, com passagens por Manu Chao.... é simpático. O dono, o Martins (o fulano que serve ás mesas) é alguém de quem gosto bastante, é simpático, conversador, atento com um carinho especial pelos clientes, muito boa pessoa. Mas, com uma tendência natural para dar mais atenção aos meninos com uma mãozinha no ombro ou nas costas enquanto pergunta “e o amigo, o que é que vai tomar?”. Pois é...
- Clube da esquina : aquilo que eu chamo de muita parra e pouca uva... muita gente gira por fora mas com nada dentro, a música anda onde andam todos os bares da moda, não aquece nem arrefece. Mas é um sítio bastante frequentado, até por amigos meus. É capaz de ser interessante para meninos, está cheio de gajas boas!

R. da Atalaia
- Capela:
Ainda na percebi se gosto de lá ir ou não. Estou sempre cheia de vontade de lá entrar e depois com imensa pressa de sair. Se calhar é isso... é um bar que me enche de pika. Aqui sim, há gente muito gira, cheia de pika e muito interessante. A música é essencialmente house, acid-jazz, transe. Sei lá, é só energia. Servem uns vodkas excelentes e é onde inesperadamente encontrava toda a gente que vale a pena encontrar. Tem umas mesas grandes onde se pode proporcionar umas misturas engraçadas. As meninas são boas, mas nem se importam com isso, os meninos tb na reparam, mas tão sempre prontos a serem mordidos. Aqui pode acontecer muita coisa, até acordares no outro dia numa cidade diferente
- Majong : não é bar que frequente, já o fiz mas já na tenho pachorra. A música não é muito diferente da do capela, o ambiente sim. Aqui é onde podemos encontrar tudo o que é nova estrela da rádio e da tv... uma seca!! Um ambiente elitista.... na há pachorra! Mas não deixa de ser um dos bares do bairro a conhecer. Um dos mais In.
- Janela da Atalaia : Calmo, com musica completamente fora do circuito. Quem serve ás mesas é um sujeito bastante simpático, o ambiente é acolhedor sem grandes barulhos (as pessoas não falam aos berros), tem uma “Espreguiçadeira” fabulosa e uma salinha interior só com 2 mesas e que se pode tornar bastante íntima. Só chateia a montanha de gente à porta.
- Tocsin: Um bar supostamente gótico. Com música gótica, ambiente escuro e desconfiado. Com pouco sitio para sentar. Salvam-se algumas noites temáticas

R. da Rosa
- Catacumbas:
mais um bar de jazz, mas este tem jazz à séria. Tb tem gente que fala alto demais. Não tem um ambiente especifico, são todos muito anónimos. Mas têm umas tostas... Jesus!!
- Agito: Luz, calor, muita gente e musica nem sempre interessante. Há noites em que quase parece a sede do BE. Empregados simpáticos mas nem sempre atenciosos. Um ambiente cheio de neo-hippies ou outra qualquer tribo virada à esquerda. Mas tem uma sala de restaurante fabulosa, a que eu chamo a estufa, insuportável no verão, mas agradável no Inverno e onde se come muito bem.

Cais do Sodré
- Disorder:
Bar discoteca gótico. Ambiente do mais escuro e deprimente possível mas com algumas noites de música muito interessante. Muita gente “afectada” e uma grande colecção de espartilhos. Imperial barata. Toda a gente parece que está com vontade de “comer” toda a gente, embora a maior parte das meninas tenha um ar bastante enjoado. É do gótico… pufff. A sala tem uma arquitectura interessante e é desafogada e fresca (pelo menos durante a semana)

R. Poiais de S. Bento
- Incógnito :
finalmente o meu bar preferido. Só começa a ter “andamento” ás 3h da manhã. Enche de uma maneira terrível quando vem toda a gente a descer do bairro ... é .. é... excepcional!! Negro (cada vez menos), underground, mas sempre actual. É o meu bar de eleição à 13 anos. Onde encontras toda a gente (foi aqui que conheci uma grande parte das pessoas importantes na minha vida e onde reencontrei outras ), sempre foi um bar da moda, tb tem estrelas, tb tem câmaras de tv... enfim, e tem um porteiro do melhor, o amigo Rui Dartanhã, mas não convêm bezanoides ou cenas estranhas, bezanas é só para clientes habituais.
Aqui tb se ouve alguma música dos anos 80, misturada com grandes actualidades. É muito bom.

quinta-feira, janeiro 27


ah pois é.... isto é frio á séria!! Geneve.. lá está! Posted by Hello

Estou a piorar da Otite e da infecção na vista. O Sporting perdeu injustamente. Os amigos do MillenniumBCP gozam comigo. Amanhã conto mais um. E esta semana não está a correr nada bem. Vou-me queixar ao Sr. Doctor. Raios! Posted by Hello

quarta-feira, janeiro 26


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O Derby, a TMN e o Ricardo

Hoje é dia de grande derby. Benfica – Sporting é um clássico a que muito pouca gente fica indiferente. Eu também não fico indiferente e mais logo hei-de estar na minha bancada central a torcer pelo Sporting como sempre.
Mas não é do jogo que quero falar.
Ontem recebi uma sms da TMN que dizia o seguinte: “Chamada VIP. Acompanhe o Benfica-Sporting amanha. Ligue grátis 1251 e receba no final uma chamada com comentários do Ricardo (jogador do Sporting) ao jogo.”
A minha primeira reacção foi “lá estão estes gajos a tentar sacar mais algum à conta dos papalvos que embarcam nestas merdas”, mas depois reli a mensagem e cheguei ao “grátis”. Huummm … a TMN a oferecer coisas? Não! Não acredito nisto. Alguma coisa os papalvos têm que pagar. Nem que seja a tal chamada com comentários do Ricardo. E voltei ao comentário “lá estão estes gajos a tentar sacar mais algum à conta dos papalvos que embarcam nestas merdas”.
E depois… esta coisa dos comentários do Ricardo. Quanto é que ele terá recebido para isso? Porque é que ele se mete nisto?
Quando o Ricardo veio para o Sporting eu não concordei. Achava que o clube tinha outras necessidades e até nem achava o Nelson mau guarda-redes. Mais tarde fui obrigada a reconhecer que o Ricardo tinha sido um bom investimento. Mas agora confesso que o moço já me anda a irritar. Ele até nem é estúpido de todo e apesar de alguns desaires, é um bom guarda-redes, mas mete-se me cada coisa…
Enfim, esperemos que a expectativa dos cobres que vai ganhar não o distraiam para a grande tarefa que tem pela frente.
Espero ver um bom jogo de futebol e não uma batalha campal como tenho assistido nos últimos tempos e que ganhe …. O Sporting Clube de Portugal!

terça-feira, janeiro 25


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Hoje é dia 25

Hoje é mais um dia 25. Em cada mês, o dia 25 é para mim um dia de celebração. Foi num dia 25 que a minha vida começou a mudar, que mudaram os meus hábitos e o meu modo de estar, que tudo me começou a saber melhor, que reaprendi a partilhar. Por tudo isto e por muito mais, em cada mês, eu e quem me ajudou a encontrar este dia, celebramos o dia 25.
Mas Janeiro não é só dia 25, também é dia 28, o dia em que a minha mãe teve a coragem de me pôr no mundo. E também foi dia 14, o dia em que eu perdi aquele que me ensinou a viver bem comigo e com os outros.
Começo a pensar nisto e a lembrar-me de todas as datas de todos os meses que eu carrego. São tantas… de nascimentos, de mortes, de alegria, de tristeza, de mudança, de esperança.
Suponho que não seja a única e que toda a gente carrega em si uma imensidão de datas. Nós somos também feitos disso, de datas. Ás vezes não sei é o que fazer com todas elas, Se gostava de me esquecer de algumas ou fazer com que não tivessem existido, também gostava de não me esquecer tanto de outras para poder celebrar mais. Gostava de criar um desequilíbrio de datas, mas com o passar dos anos, os meses em que só tenho datas para celebrar tendem a ser cada vez menos. Só me resta aproveitar bem as que consigo celebrar.
Vou celebrar este dia!

sexta-feira, janeiro 21

Bom fim de semana

Cá ando de roda de antibióticos e analgésicos. Foi uma semana para lá de estúpida, fechada em casa e com imensas coisas para resolver na rua, principalmente a cobrança de uma factura. Coisa que pelo telefone não resulta.
Mas estava difícil de sair de casa. A unica vez que tentei, e porque tinha que ir arranjar comida para a gataria, senti-me completamente perdida e tonta sem ouvir e no meio do barulho das pessoas, pensei que não conseguia voltar para casa. O máximo que consigo é atravessar a rua para tomar um café.
Mas a semana passou, e apesar de continuar com dores e sem ouvir do lado direito, estou mais confiante em que vou melhorar rápidamente e que a próxima semana será bem diferente.
Por isso, meus amigos, tenham um bom fim de semana, que eu vou tentar ter o melhor possível.

Ali é que eu me sentia bem... Posted by Hello

terça-feira, janeiro 18

Estou doente!!!

Pois.... mesmo depois de uma passagem pelo hospital (sempre fui ontem) e depois de medicamentada e tal, sinto-me cada vez pior. Por isso, vou fechar-me no meu casulo por uns dias até que esta coisa deixe de me incomodar. É impossivel sequer tentar pensar em algo para escrever. Não dá. Sinto-me mal.
Até depois.

segunda-feira, janeiro 17

A minha Otite

Lá estou eu de novo com uma otite. E sem saber o que fazer. No hospital provavelmente não me tratam porque ainda não rebentou, no centro de saúde não têm otorrinos e na clinica só daqui a uns dias é que o médico está por cá. E como não tenho dinheiro, ando a encolher-me e a fazer tempo de ir ao hospital.
Sinceramente, gostava de saber o que raio é que provoca isto. Uma vez por ano... lá calha.
Serão os disparates que oiço? será o cotonete assassino que eu evito usar? O ano passado levei uma bronca imensa por usar cotonetes. Ora por favor... então como é que limpo os ouvidos? Qualquer coisita que lá esteja me faz uma impressão imensa, e uso um cotonete. Senao, como é que limpo os ouviditos? Isto é tudo uma treta.
Estou de mau humor, sem cabeça nem vontade de fazer seja o que for. É nestas alturas que tenho vontade de chamar pela minha mãe e deixar que seja ela a tratar de mim...

sexta-feira, janeiro 14


E acabou uma semana cansativa e atribulada. Estou na mesma, mas já não corro nem penso em trabalho... vou descansar. Posted by Hello

quinta-feira, janeiro 13

"Então por que não começamos? Estamos à espera de quê?”

Seremos um país de medíocres? Eu acho que não.
A esta frase respondi – “Não o somos. Não o sou e conheço uma imensidão de gente que não o é. Por vezes é só de um incentivo que precisamos, outras é que nos deixem avançar com projectos e vontades. Temos que dizer não ao oportunismo, condenar os abusos, sermos honestos uns com os outros. Nada disto é difícil... e se calhar cabe a cada um de nós começar.”
Mas podia ter dito muito mais.
Depois vem a pergunta – “Então por que não começamos? Estamos à espera de quê?”
Ora… eu não estou à espera de nada.
Há alguns anos, insatisfeita com a empresa e o trabalho que lá desenvolvia (e não era com o vencimento, porque esse até era bem bom), criei o meu próprio emprego, sem pedir nenhum subsidio ou ajuda ao estado. Era uma empresa pequena com óptimas relações entre patrão e empregados. Podia ter arranjado maneira de ser despedida e ficar a receber subsídio de desemprego (isso até me foi proposto), mas não achei que fosse justo e não o fiz. Naquela altura até era fácil pedir subsídios, tombe não o fiz porque achei que não precisava. Pago os meus impostos (a refilar, mas isso é inerente). Não cobro demasiado aos meus clientes, por vezes são eles que se admiram de ser pouco comparado com outras propostas que têm, mas só consigo cobrar o que sinto ser justo. Já recebi algumas propostas menos éticas para vender a concorrentes alguns trabalhos que tinha feito para clientes, mas recusei-as. Há dias recebi uma proposta para trabalhar durante 2 meses em exclusivo para um cliente, mas nem sequer quis saber o valor (apesar de estar sem dinheiro), por várias razões e porque achei que era incorrecto para com os outros clientes.
Recuso-me a arranjar emprego ou trabalhos para os amigos se não forem competentes. Não faço favores nem dou palavrinhas.
Não leio jornais que me chateiam. Não vejo os programas de TV que me tentam impingir. Mudo de canal ou desligo quando acho que estão a abusar ou a passar os limites.
Fique chocada com a atitude da jornalista perante aquela moça que ia viajar para a Tailândia depois do Tsunami e que disse “estou triste porque já não vou ter todas as comodidades, mas estou contente porque assim vou ver as coisas mais ao natural”. Chocou-me mais a atitude passiva da jornalista. Devia de ter chamado à atenção, devia de ter dito que ela era burrinha e estava a dizer uma grande calamidade. Aliás… nem deviam ter passado aquela entrevista. Quase que foi ofensiva.
Denuncio aquilo que me parece errado. Chateio as instituições, quer sejam privadas ou do estado, sempre que funcionam mal ou são incompetentes. Refilo sempre que acho que tenho razão sem ter medo de “ficar mal na fotografia”.
Ontem, por exemplo, estive com uma amiga que andava à procura de emprego. De início admirei-me porque ela tem um emprego numa Câmara Municipal. Mas depois percebi o porquê e apoiei-a. Como não tinha nada que fazer na Câmara, pediu licença sem vencimento (podia ter metido baixa…. Lá está!) e foi procurar algo que fazer noutro lado.
Tudo isto tem a ver com atitude ou talvez também com educação e pode não parecer grande coisa, mas para mim é um principio. Se todos começarmos por esta pequena atitude ou se eu e todos os que pensam assim (e não acredito que sejam poucos), conseguirem alterar o modo de estar de mais alguns, tudo no país ia funcionar melhor. Eu acredito mesmo nisso.
Às vezes é fácil pensar “ahhh isto é pratica geral porque hei-de ser eu a ser de modo diferente?” ou “porque não seguir o caminho mais fácil e mais vantajoso mesmo que não seja o mais correcto?”. É fácil queixarmo-nos do estado e do vizinho do lado porque a vida não nos corre bem. Difícil é fazer-mos algo para mudar alguma coisa, por muito pequena que seja.

segunda-feira, janeiro 10


rápido, rápido... Posted by Hello

O país...

«O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.(.) O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.(.) A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»

Está muito actual, não acham? Mas sabem quando foi escrito?
Pois é, foi escrito em 1871 por Eça de Queirós...

quinta-feira, janeiro 6


um rosto de viajante Posted by Hello

quarta-feira, janeiro 5


... Posted by Hello

"Com a taça na mão, interrogo a lua"

A lua está no céu sombrio. Quando chegou?
Pouso a minha taça, para fazer-lhe essa prgunta.
Os que querem apanhar a lua não o podem conseguir.
No entanto, no seu curso, a lua acompanha os homens.
É deslumbrante como um espelho voador, diante do Pavilhão Vermelho.
As brumas azuis se extinguem e desaparecem
e seu puro esplendor cintila.
Vemo-la somente à noite subir do mar e prder-se nas nuvens.
Os homens de hoje não vêem mais lua de outrora.
A lua de hoje iluminava os homens do passado.
Homens do passado, homens de hoje - torrente que flui -
todos contemplam a lua, que a todos parece a mesma.
Tudo o que desejo é que, à hora de cantar e beber,
o luar se reflita sempre no fundo da taça de ouro.

Poema de LI PO, in "LI PO e TU FU, Poemas Chineses"

terça-feira, janeiro 4


As imagens que acalmam Posted by Hello

Eu e a DGCI

Eu e a DGCI (Direcção Geral de Contribuições e Impostos) temos uma relação muito atribulada. É como se alguém, porque não gostou do meu nome ou do meu número, quem sabe, tivesse decidido baralhar os meus processos, deitando fora papéis, ou apagando elementos no sistema. Ou então é o próprio sistema que me tirou na rifa e decidiu baralhar e dar por baixo, ou por cima ou se calhar por outro lado qualquer. O certo é que nada a nível de impostos corre bem comigo. Eu até quero pagar, até entrego as declarações correctas a tempo e horas, não invento expedientes para pagar menos. Até quero pagar as coimas e os juros de mora pelas faltas de pagamento, e até já paguei. Mas o certo é que na repartição de finanças onde perdi imenso tempo a tentar regularizar tudo, nada consta.
Pensei que fosse o ano de 2004 que me dava azar “impostório” e decidi deixar as coisas arrastarem-se até este novo ano. Estava enganada. As coisas correram mal porque as pessoas que trabalham com os sistemas e o próprio sistema funcionam mal.
Senão, vejam: Tinha uma série de IVAs em falta de pagamento (a coisa corria mal na altura e o dinheiro era preciso para outras coisas mais importantes) e passei metade do ano de 2004 a trabalhar para regularizar essas dívidas. Em Setembro de 2004, regularizei. Passei horas na repartição, a ver a senhora insultar o computador e por fim lá consegui pagar tudo. Como os pagamentos são feitos na tesouraria, um andar abaixo e por ver a senhora tão desgostosa com o funcionamento do sistema, ainda me dei ao trabalho de perguntar se queria que voltasse ali para lhe levar os comprovativos do pagamento. Disse-me que não, que mais faltava as coisas funcionarem assim tão mal internamente. Pois! Mas funcionam mesmo! Os ditos comprovativos perderam-se entre os dois andares! Mas curioso é o facto de serem três e só se perderam dois, um deles consegui subir até ao 1º andar.
Em Novembro recebi pelo correio apenas a coima de um processo e com o nº de processo trocado. Fui à repartição pagar e perguntar pelos outros e o porque da troca de nºs. E lá, choquei de frente com uma senhora, que depois de me dizer que os nºs estavam trocados porque alguém agrafou mal os papéis e de muito se questionar sobre o que teria acontecido aos processos em falta, chega à brilhante conclusão de que os ditos estavam pendentes, porque não encontrava os comprovativos, e senão encontrava era porque não existiam e como tal eu era mentirosa e não tinha pago nada. Brilhante! O que é que se faz a uma senhora destas? Voltei-lhe as costas com a promessa de voltar e provar-lhe que de mentirosa tenho muito pouco.
A coisa estava bera e não se ficava por aqui.
O reembolso de IRS referente a 2003 também não chegou até Dezembro. Vou ao site da DGCI tentar perceber o que se passa e deparo com um “Não foi entregue qualquer declaração”. Mau! Aqui a coisa já pia mais fino. É um desespero total. Será de mim? Bom, esperemos pelo próximo ano e pode ser que a coisa corra melhor, pensei.
Hoje, lá fui eu, cheia de má vontade à dita repartição tentar perceber o que se passava com o IRS e aproveitei para ir mostrar à senhora “simpática” dos IVAs que mentirosa era ela. A senhora deve de ter aprendido alguma coisa entretanto, porque já não procurou os processos pelo nº, mas sim pelo nome e fez a confirmação pelos valores. Atrapalhou-se, virou e revirou os papéis, confirmou e reconfirmou os valores, confirmou o nº de contribuinte e finalmente pede-me para ir tirar umas cópias dos meus comprovativos de pagamento. Eu hesitei… afinal o erro era deles, afinal até tinha sido insultada. E como hesitei, a dita senhora, achou por bem pedir-me desculpas pelo transtorno e agradecer-me o facto de ter ido lá mostrar o quanto estava errada. Está bem! Pode tirar a cópia e resolver isso de uma vez que eu já estou cansadita de tanto erro e tanto transtorno.
Agora faltava o IRS. No balcão do IRS e depois de uma longa espera, o senhor (agora era um senhor, podia ser que a coisa corresse melhor), diz-me que algures entre a repartição onde entreguei a declaração e aquela repartição, o registo da declaração se tinha perdido e como tal, eu deveria telefonar ou mesmo ir lá (à repartição onde foi entregue) e perguntar qual era o nº do lote e a data em que a declaração tinha sido remetida aquela repartição. Perem lá! Então mas eu fiz tudo o que me competia, os serviços das finanças é que o tinham perdido e eu é que tinha de ir à procura? Mas pagam-me para fazer o trabalho deles? Isto não é justo nem sequer compreensível. Não vou à procura de nada, não é a mim que me compete isso! Estava zangada, oh se estava. Já chegava de tanta incompetência. O senhor, lá percebeu que a coisa estava mal parada e lá foi telefonar e fazer aquilo que me tinha dito que deveria ser eu a fazer. Em 15 minutos resolveu o problema, diz ele. Segundo o senhor, a minha declaração já está registada e no sistema para ser processada. Não sei! Até tenho medo de ir ao site confirmar.
Agora vou aguardar pacientemente que me cheguem ás mãos a resolução de todos os problemas, mas confesso que tenho pouca esperança em como não tenho que lá voltar de novo para mais umas cenas incompreensíveis e desnecessárias.
Aguardemos.
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