quinta-feira, novembro 24

Uns dias depois... Sigur Rós

Uns dias depois, cá estou eu para falar do concerto dos Sigur Rós no Coliseu dos Recreios de Lisboa.
Foi um concerto memorável, não fosse memorável a música deste senhores. Na primeira vez que os Sigur Rós visitaram o nosso país (em 2003, concerto a que também assisti) o público estava numa comoção e ansiedade generalizada. Talvez por isso, por ser a primeira vez que se “materializava” entre nós o imaginário da música que surpreendeu tudo e todos. Era como se toda a gente tivesse a sensação de estar a acontecer um momento original, um momento fundador único. Desta vez, foi como se o público estivesse em paz consigo e com os Sigur Rós, assumindo o reconhecimento da pureza e beleza da música.
Existe uma relação de amor mútuo entre os Sigur Rós e o público português, a ilustrar isso está o facto de com este ultimo álbum “Takk” terem permanecido nos primeiros lugares do “top” nacional durante muitas semanas, mesmo sem passarem insistentemente nas rádios (não passam de todo, salvo em algumas rádios mais alternativas) e não sendo a música dos Sigur Rós um som “fácil” de absorver. Por isso a lotação dos Coliseus (Lisboa e Porto) esgotaram sem grande dificuldade.
O concerto foi um desfilar de temas do “Takk” quase na sua totalidade, com algumas incursões aos álbuns “( )” e “Àgaetis Byrjun”, a que o público correspondeu com manifestações de euforia e de êxtase . Foi um concerto muito aplaudido e com muita carga emocional.
A primeira parte, a cargo da Amina, quarteto feminino de cordas, também islandês, bastante surpreendente, não só pela música mas pela utilização de instrumentos como a serra e um conjunto de copos. Foi surpreendente ouvir o som de um arco de violino numa serra completamente integrado nos restantes instrumentos. De salientar que as moças também acompanharam os Sigur Rós na apresentação de alguns temas.
Uma “banda” ainda sem registo, mas a acompanhar sem dúvida alguma.
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