segunda-feira, novembro 29

São loucos...

São loucos os que respondem com agrura a palavras agressivas ditas com intenção simpatica
São loucos os que justificam os seus actos quando os outros não os querem ouvir
São loucos os que se preocupam mais com os outros do que com eles próprios
São loucos os que deixam de dormir para que os outros possam acordar
São loucos os que pensam e sofrem por pensar
São loucos os que se deixam culpabilizar só por reagirem
São loucos os que se encolhem á espera que passe
São loucos os que entristecem o seu dia
São loucos os que se esforçam convencendo os outros de que não vão falhar
São loucos os que falham e são castigados por isso
São loucos os que não esquecem
São loucos...

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Um texto sobre como se pode ser passivo perante a sua própria vida e ser-se agressivo para dentro e, logo, com os que lhe estão próximos. Sem descanso, nem paciência, nem verdadeiro fervor. Um texto sobre quem vive com a falsa imagem que tem de si próprio a de uma inumana perfeição. E quem vive só de imagem, vive cego e em círculos, até voltar ao mesmo lugar, apenas, apenas, mais velho.

5:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

5:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

São loucos aqueles que agridem quem lhes é mais íntimo apenas por medo,
são loucos os que se acobardam tornando em mero expediente a palavra desculpa,
são loucos os que vêem só nos outros o que sonham ser,
são loucos os que não descansam dos outros e de si mesmos,
são loucos os que são espontâneos a matar a espontâneadade,
são loucos os que são escravos para a culpa e tiranos para os momentos,
são loucos os que não esperam nada mais que a espera,
são loucos os que se enlutam e vestem do seu negro o mundo,
são loucos os que prostram aos pés da imagem da inumana perfeição,
são loucos os cçadores, juízes e carrascos de quem tenta mudar,
são loucos os que só têm a memória à sua frente e a impaciência para mudar atrás do dorso,
...são loucos e estúpidos.

6:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O teu poema é um belíssimo texto, a colocar de uma forma simples e directa o dedo na ferida causada pela profunda perda de tempo que reside no facto de muitas vezes se viver de fora para dentro. Ou seja, não VIVER de todo,quando passamos pela vida como meros importadores de mitos, sejam eles cpoisas ou pessoas.
Terceiro e último comentário. Beijos grandes. Linda

5:23 da tarde  
Blogger Espectacologica said...

São mesmo loucos!...
Beijos

4:29 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.