quinta-feira, dezembro 9

Circulo Perfeito

Uma colecção de canções sobre Guerra, paz, amor e ganância, é assim que é descrito o album “eMOTIVe” dos A Perfect Circle. E é de facto isto tudo, e até mais. Um album de emoções, de descobertas, de conciências, de alertas. São na sua maioria versões de canções de protesto que assumiram uma tomada de posição face á guerra e á paz nas ultimas 3 decadas (só dois temas são originais – Passive e Counting bodies like sheep to the rhythm of the war drums), e que atravessam vários géneros musicais, desde o punk hardcore ao folk rock passando pelo new wave e pelo R&B.
Muita gente não gosta de versões, alegam que clássicos são clássicos e que por isso não devem de ser alterados, ou que as versões violam a lógica do original, etc, mas eu gosto de versões, principalmente quando de canções de que gosto bastante. È sempre curioso ouvir canções que conhecemos bem, com outras “roupagens”, outros ritmos, outras importâncias. É o caso deste album. Canções como o “Imagine” do John Lennon, “What’s Going On” do Marvin Gaye, “Freedom of Choice” dos Devo, “Let’s Have a War” dos Fear ou “People ar People” dos Depeche Mode, só ganham com a nova visão que lhes é dada pelos A Perfect Circle, nalguns casos tornando-as quase irreconheciveis.
É impossivel ficar indiferente a este album. É uma das mais belas e interessantes colecções de canções. Just Perfect. Uma perfeita prenda de Natal.
Agora resta ouvir e aguardar pela vinda destes senhores a salas Portuguesas, embora ainda tenha muito presente na memória o concerto em Janeiro deste ano no Coliseu.
www.aperfectcircle.com

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ser emotivo e ter isso como motivo/lema é o que salta ao olhar de quem "lê" o nome deste trabalho dos A Perfect Circle. De uma simplicidade, eficiência e brilho raramente conseguida por quem nomeia as suas obras. E que melhor lema poderemos ter do que estarmos mais do que informados, atentos à complexidade de factos, motivações (declaradas ou não) ou mesmo sentimentos, que nos podem levar a entrar em guerra e em paz connosco próprios, com os outros, com nações,com o resto do mundo. A guerra ou conflito como fenómeno intímo pode trazer-nos para lugares melhores, no entanto. Só depende de nós. Mas mesmo aqui é sempre mais difícil fugir da mentira e do embuste, do masacarar a verdade. Se isto acontece á escala de nações, de culturas e do mundo será, contudo mais dícil afastar a poeira da mentira encenada, da informação sem formação, alma ou visão, dos dados viciados tanto neste jogo como em de relatórios.
O que eu acho sobre a questão das versões ronda entre o respeito e o tributo prestado às canções e a sua recriação com a intrepretação singular de quem as faz.Por isso, tive o privilégio de ouvir este albúm na tua companhia e de me sentir fascinado por ele. Intimismo, (re)criação, intensidade, arte: está lá tudo.
A começar pela primeira coisa que se ouve: a capa.
beijos enormes, Linda

2:49 da tarde  
Blogger mabeka said...

É de facto um album intimista e fascinante. Apesar de serem versões. beijos

3:51 da tarde  
Blogger mabeka said...

É de facto um album intimista e fascinante. Apesar de serem versões. beijos

3:53 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.