terça-feira, fevereiro 22

Deixa-me Rir

Deixa-me rir
Essa história não é tua
Falas da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender

Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor

Pois é , pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer
Segunda-Feira

Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
De que que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso

Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a máscara sufocante

Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer
Segunda-Feira

Poema de Jorge Palma

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Conmo é que o Jorge Palma consegue sorrir assim, se dispara o peito, se peita a voz e as palavras que canta, quase como um guerreiro, de rosto aústero e canto fundo? Fcato que tive o privilégio de testemunhar ao teu lado.
Poeta e músico de excelência, poerta e músico de coração, cal e calçada. Como poucos.
beijos grandes Linda.
PS - Quantos corações de pedra mas muita imaginação, qunatos falsos segudores do lema "Carpe Diem", se tiverem sorte, se revêm nesta canção?

12:33 da tarde  

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