O lixo não é miragem, mas os bilhetes sim

Passou uma semana sobre as eleições e o lixo permanece nas ruas.
Não entendo este país. É o país, dizem, com mais leis, com leis para tudo e para nada e ainda ninguém teve a ideia de fazer uma lei que obrigasse os partidos a recolher o seu respectivo lixo?
Já não chega os cartazes de concertos e discos do topo, ou os cartazes a venderem tudo e mais alguma coisa, depois de cada eleição ficamos com os cartazes, faixas e companhias da campanha eleitoral. Nem sequer são agradáveis à vista. Já o não era quando serviam algum propósito, muito menos o são agora que de nada servem.
Ontem numa viagem de Oeiras a Almada, entretive-me a olhar para todas as caixas de electricidade que vi nas ruas. Na cidade de Almada, não há uma que não esteja revestida com um cartaz de propaganda qualquer.
Por vezes já é complicado o lixo no chão e ainda temos que ter lixo nas paredes?
Eu limpo o lixo que faço, e os outros? Se não são conscienciosos para o fazerem, deveriam ser obrigados. Limpem o lixo, raios!

Quem teve a ideia de pôr 10 bilhetes para o concerto dos U2 à venda nas caixas Multibanco (sim, eu escrevi bem, eram mesmo 10), deveria consultar um especialista em sanidade mental rapidamente. Não é possível que alguém no seu juízo perfeito tome uma decisão destas. Nem por gozo!