sexta-feira, junho 17

As músicas da nossa vida

Todos os dias são editados discos novos, todas as semanas aparecem bandas novas. Algumas assim como aparecem desaparecem sem deixar grande rasto. Depois ainda temos aquelas bandas que desaparecem e nos deixam os seus mentores com carreiras a solo que teimamos em seguir e que teimam em nos desiludir.
Para alguém como eu que não só gosta muito de musica mas que precisa dela para viver é complicado estar a par do que se vai fazendo para já não falar do caro que sai.
Há dias dei comigo a pensar “se andarmos sempre a “perseguir” e a ouvir todas as coisas novas que aparecem, o que fazemos com as outras que já cá estão?”. É verdade que nos ficam em memória, mas são deixadas para trás como se de trastes velhos se tratassem, como qualquer outro objecto que usamos e de que já não gostamos.
Os cds, os discos são objectos, mas não são uns objectos quaisquer. Não para mim. A par com os livros, os discos são mais que objectos. São pedaços de nós, são sentimentos, emoções. Do mesmo modo que nos influenciam também nos acrescentam algo. Quase que poderia falar de mim, da minha história através dos discos.
Decidi dar menos atenção às novidades e redescobrir os meus discos, aqueles que já se instalaram em mim. “Por onde começar? São mais de 300, raios!”.
O curioso é que parecia difícil mas revelou-se bem fácil. Basta olhar para eles e deixar que algum nos “salte para cima”.
E que salto. “aLive Justforlove” do Peter Murphy. Não é um disco antigo, é uma edição de 2001, mas com musicas que datam de 1989 e que me levam até essa altura a um verão muito interessante.
É interessante isto de redescobrir as músicas da nossa vida.
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