quarta-feira, julho 4

XXIV Festival Internacional de Teatro de Almada


E já lá vão 24 anos desde que eu ouvi falar pela 1ª vez no festival de teatro de Almada. Foi durante uma das noites que passava na Cabrinha em redor de cerveja, tremoços e muita conversa.
Na roda tertúliana dessas noites havia sempre alguns elementos do grupo de teatro de Almada, que entre um copo e outro, lá iam falando do teatro, do que se ia fazendo e das grandes ideia do Sr. Joaquim Benite. Eram noites bastante interessantes que recordo com um sorriso largo. Coisas e tempos da juventude.
Mas é do festival que vamos falar. Ora bem. Começa hoje e advinha-se outro ano em cheio, senão vejam: criações próprias, nove companhias nacionais, onze companhias estrangeiras, reparte-se por vários palcos em Almada e Lisboa, "workshops", colóquios, exposições, projecções de cinema, concertos e até um seminário internacional de críticos de teatro (se calhar isto o menos interessante, enfim...), tudo isto entre 4 e 18 de Julho.
Este ano, o festival é dedicado à actriz Carmen Dolores e como espectáculo de honra temos "Nada ou o Silêncio de Beckett" de João Paulo Seara Cardoso pelo Teatro de Marionetas do Porto. Saliento ainda o texto de José Luis Peixoto "Anathema" levado a palco pelos belgas tg STAN
A relação entre o indivíduo e o colectivo é o tema abordado neste festival. A questão central será "Pode um indivíduo ser feliz no seio da infelicidade geral?" e é sobre esta questão que o teatro e particularmente este festival nos poderá ajudar a reflectir.
"O teatro, bem entendido, não nos dá as respostas de que precisaríamos. Mas faz-nos reflectir. A liberdade, que é a própria natureza do teatro, convoca-nos à celebração do pensamento e à inquietude", frase de Joaquim Benite que nos diz muito do que poderemos esperar do teatro e deste festival.
A abertura é no Palco Grande - Escola D. António da Costa, pelas 21.30h, pela companhia El Patron Vázquez de Buenos Aires (Argentina), com a peça "La Estupidez" texto e encenação de Rafael Spregelburd.
Vamos ao Teatro!!!

www.ctalmada.pt

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6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Joaquim Benite.
Outro subsidiodependente.
Vamos ao elefante azul. Ao teatro.
O festival? Aconselha-se.

9:29 da manhã  
Blogger Espectacologica said...

Gostei da pergunta «Pode um indivíduo ser feliz no seio da infelicidade geral?", portanto vou levá-la comigo e responder a isso lá no meu blog e tal...
:)

Beijos

2:43 da manhã  
Blogger mabeka said...

oh reporter, o Joaquim Benite é tão subsidiodependente como qualquer outro director de companhia de teatro neste país, se o deixar de ser, fecha a porta e acaba com o teatro em almada.
Não sejas assim, é azul, se fosse laranja era bem pior :) Mas ianda bem que temos uma sala de teatro decente, azul ou não.
bjs

11:39 da manhã  
Blogger mabeka said...

espectacologica, miga, pensa nisso sim e responde que eu vou lá ler.
bjs

11:40 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Subsídios...
Pois.
Eu penso mais além. Com ou sem razão, mas penso.
O dinheiro que vai para o teatro é exagerado, em função de outras necessidades.
O Benite habituou-se à "mama" dos subsídios que lhe permitiram fazer as mesmas omeletes com ... mais ovos.
Veja-se noutros locais, onde o teatro também é valorizado, e bem, qual é o orçamento das Companhias.
Um dos males é que nos habituámos a ter um internacionalmente conhecido Festival que bem expremido dá...pouco.

Ah! Subsídios. Pois. Para além dos habituais, há-os ainda para o Festival Internacional. E não é pouco.

Aprecio quem consegue fazer obra sem dinheiro "alheio" (este é de todos nós) ou com verbas mais reduzidas.
Assim, também eu...

Bjs.

5:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um brinde àqueles que transcendem o meio...

9:37 da tarde  

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