quarta-feira, fevereiro 4

A dúvida e as conclusões precipitadamente erradas



Ultimamente tenho-me deparado com a dúvida que crio na cabeça dos que me rodeiam por pensar de modo diferente. E o que me chateia mesmo é que essa dúvida acaba por levar quem a tem a concluir que eu minto.
Eis a questão: Porque é que o facto de me ter separado implica deixar de considerar o meu ex-marido como amigo?
A verdade é que para além dos 10 anos de vida em comum, temos muito mais coisas. Gostos, modo de pensar, atitude perante a vida, etc. E o que é que interessa o que aconteceu, se ficaram mágoas ou não? Não será um erro ficar a “remoer” as mágoas e viver com ódio e amargura? Eu penso que é. E porque é que por ser amiga dele e não ter medo de o mostrar em público quer dizer que ainda estamos juntos ou vamos voltar a estar? Sinceramente, ou sou muito burra ou completamente diferente da maior parte dos que me rodeiam.
As pessoas tendem a julgar os outros por si próprios e não entendem quem pensa de modo diferente. E, portanto, tiram as conclusões que lhes parecem mais certas. E estão tão errados!

A questão das conclusões é outra que me chateia. Porque raio é que se sentem no direito de concluir que afinal quero isto ou aquilo, que tenho segundas intenções ou não, senão me conhecem, pouco sabem sobre mim e não têm a coragem de perguntar? Lá está… voltamos de novo á velha máxima “as pessoas tendem a julgar os outros por eles próprios”
Eu sou aquilo que mostro, se há coisas de mim que não mostro? Claro que há! Se tenho segundas intenções ou “agenda” como é tão fino dizer ultimamente, não! Os meus amigos, aqueles que me conhecem, sabem o que podem esperar de mim e também sabem o que espero deles. Os que mal me conhecem podem ter a certeza que o que quero deles é exactamente aquilo que lhes peço e é só isso que deles espero. Se têm duvidas, perguntem!

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.