Lenda de Luar-do-Chão, Moçambique
Quando já não havia outra tinta no mundo
o poeta usou do seu próprio sangue.
Não dispondo de papel,
ele escreveu no próprio corpo.
Assim,
nasceu a voz,
o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem foz nem nascente.
2 Comments:
O sangue que nos usa
o sangue que os consome
o sangue quie nos abusa
o sangue que nos mata a fome
o sangue que nos escreve
e nos faz correr,
este blogue quero ler
beijos tenho saudades de inhaka
Escreve sempre com sangue, o poeta.
Pois todas as tintas e cores nasceram dele,na tela e na folha infindas da criação.Hoje
correm livres e soltas, dentro e fora das veias. à espera de serem visitadas e bebidas pela voz dos sentidos. Como um rio "sem foz nem nascente" a fervilhar de ser, que não morre, ganha mais vida nos nossos olhos, ainda, ainda mais vivos do que ontem.
Belíssima lenda. Que a imaginação de um mundo, de um povo ou de uma só pessoa se perpétue
Beijos grandes Linda.
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