quarta-feira, janeiro 5

"Com a taça na mão, interrogo a lua"

A lua está no céu sombrio. Quando chegou?
Pouso a minha taça, para fazer-lhe essa prgunta.
Os que querem apanhar a lua não o podem conseguir.
No entanto, no seu curso, a lua acompanha os homens.
É deslumbrante como um espelho voador, diante do Pavilhão Vermelho.
As brumas azuis se extinguem e desaparecem
e seu puro esplendor cintila.
Vemo-la somente à noite subir do mar e prder-se nas nuvens.
Os homens de hoje não vêem mais lua de outrora.
A lua de hoje iluminava os homens do passado.
Homens do passado, homens de hoje - torrente que flui -
todos contemplam a lua, que a todos parece a mesma.
Tudo o que desejo é que, à hora de cantar e beber,
o luar se reflita sempre no fundo da taça de ouro.

Poema de LI PO, in "LI PO e TU FU, Poemas Chineses"

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E reflecte-se, ou não é verdade que os filhos mesmo que não saibam ou não queiram, fazem sempre poemas e canções sobre as mães? ;-)beijos enormes, Linda

5:52 da tarde  

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