O que se aproxima...
E
eis que se aproxima a passos largos, aquilo que para mim, suspeito, seja o fim-de-semana
mais deprimente de 2015. Dia dos namorados e Carnaval. Assim tudo junto e á
molhada que é para não haver dúvidas.
O
dia dos namorados nunca foi coisa a que ligasse, nem quando estava numa
relação. Sempre achei que apenas era algo incentivado por algum comércio. E
como eu não preciso de um dia específico para dizer a quem estiver ao meu lado
o quanto gosto dele ou preciso dele, nunca dei importância a este dia.
Já o
Carnaval era algo de que gostava, em tempos que já lá vão. Gostava de me
mascarar com a minha mãe, tias e amigas, passarmos parte da noite na rua a
brincar com quem na maior parte das vezes nem desconfiava quem eramos. Sempre
todas a rigor e com um tema. E depois, quando se instalava a madrugada, lá
tirava a máscara e ficava até o dia se instalar a beber copos com os amigos.
Por vezes mesmo dia dentro, apenas com tempo de ir descansar um pouco, tratar do
corpo e da alma, e voltar para mais uma noite. Mas esses tempos passaram, e
confesso que já não tenho paciência para máscaras ou mascarados. Praticamente,
até durante o dia me aborrece sair de casa, por causa das brincadeiras dos miúdos
com balões, farinha, água e às vezes até ovos, enfim. Estarei a ficar velha e
amarga? Amarga não de certeza e se perder a paciência para aturar o que não me
apetece é ficar velha, então estou. Conclusão: a partir de amanhã á noite e até
quarta-feira, copos e conversa com amigos, só cá em casa. E todos serão bem-vindos,
desde que sem máscaras.
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