terça-feira, agosto 9

Amor ou obsessão? e outros pensamentos

É tremendo como o amor (ou o suposto amor) que um ser sente por outro rapidamente se transforma em obsessão.
Qual será o "mapa mental" de alguém que persegue outro durante mais de meia dúzia de anos (sim, anos, não meses, anos), sabendo que esse outro não quer ter nenhum tipo de relação amorosa?  Não consigo imaginar o que levará alguém a negar todas a evidências, a não acreditar que o outro é casado, a desvalorizar o processo que o outro interpôs judicialmente por perseguição,  a achar que todos estão contra ele quando lhe dizem que o melhor é esquecer, a fazer interpretações completamente deturpadas de tudo o que lê ou vê, a ver tudo como uma provocação. Enfim, sem dar por isso a hipotecar a sua vida.
Ao longo da minha vida tenho-me deparado com gente com a mente muito perturbada, mas deste modo é assustador!
Isto não é amor, é loucura no sentido mais literal da palavra, é demência pura. Ou será raiva? Uma raiva mal dirigida que em vez de incomodar ou outros só faz mal ao próprio? Seja lá aquilo que for, não é bom, e decerto não terá um fim muito bonito de se ver.

Mudando de assunto,

À dias atrás, durante o café da manhã e enquanto fazia zapping por uma TV deprimente, deparei-me com uma senhora que já tinha escrito dois livros, não um, mas dois. E sobre o quê?  a sua condição de doente. Eu até entendo que no caso de doenças difíceis se façam relatos. Pode ser importante para outros aprenderem a lidar melhor com a doença. Mas neste caso, a senhora tinha contraído tuberculose à 40 anos atrás, doença que nos dias de hoje é quase inexistente. Mas está bem... até pode ter sido importante à senhora escrever o primeiro livro, mas depois escreve o segundo para relatar as quase duas dezenas de cirurgias que sofreu, porque não couberam no primeiro livro? Mas isto é para quê? A quem é que interessa isto?  Se é importante para ela escrever sobre estas coisas que lhe dominam a vida então faça como eu, arranje um blog e escreva. Ninguém lê mas não deixa de ser um desabafo e não gasta dinheiro nem tempo dela e dos outros (depois não vai é  à TV reclamar os seus 5 minutos de fama. Porque é que a outra da obsessão não vai à TV? se calhar...). 
Um dia deste ainda aparece alguém a escrever sobre a quantidade de vezes que atravessou uma passadeira ou sobre a experiência que é ir comprar pão. Sei lá... sou só eu a pensar.
Vou escrever um livro sobre... (aceito sugestões).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.