sexta-feira, outubro 29

Tentei fugir da mancha escura

Tentei fugir da mancha mais escura
que existe no teu corpo, e desisti.
Era pior que a morte o que antevi:
era a dor de ficar sem sepultura.

Bebi entre os teus flancos a loucura
de não poder viver longe de ti:
és a sombra da casa onde nasci,
és a noite que à noite me procura.

Só por dentro de ti há corredores
e em quartos interiores o cheiro a fruta
que veste de frescura a escuridão...

Só por dentro de ti rebentam flores.
Só por dentro de ti a noite escuta
o que me sai, sem voz, do coração.

David Mourão-Ferreira


Mar gradeado Posted by Hello

quinta-feira, outubro 28


Gala Posted by Hello

Gala

Longe da imagem de minha irmã
Gala
Os seu olhos assemelham-se ao seu ânus
o seu ânus assemelha-se aos seus joelhos
as suas orelhas assemelham-se aos grandes lábios do seu sexo
os grandes lábios do seu sexo assemelham-se ao umbigo
o seu umbigo assemelha-se aos dedos das suas mãos
a sua voz assemelha-se aos dedos dos seus pés
os dedos dos seus pés assemelham-se às suas axilas
os pêlos das suas axilas assemelham-se à sua testa
a sua testa assemelha-se aos seus músculos
os seus músculos assemelham-se às suas gengivas
as suas gengivas assemelham-se aos seus cabelos
os seus cabelos assemelham-se às suas pernas
as suas pernas assemelham-se ao seu clítoris
o seu clítoris assemelha-se ao seu espelho
o seu espelho assemelha-se ao seu andar
o seu andar assemelha-se a [...]

Escrito autógrafo de Salvador Dalí

quarta-feira, outubro 27


Olho de fera... Posted by Hello

Ainda me falas?

Há uns dias encontrei um conhecido que já não via há bastante tempo. Assim que o vi, reconheci-o e sorri a preparar um cumprimento. Mas surpreendeu-me o modo como ele se dirigiu a mim com um "Ainda me falas?". Não via na altura, nem vejo agora qualquer razão para a pergunta, nem sequer para me passar pela cabeça "não lhe falar".
Na verdade nem era meu amigo, mas sim amigo de um amigo meu, frequentava a minha casa e, até algumas vezes sozinho, por viver aqui perto e por ter a minha casa como um "poiso" onde podia beber uma garrafa de qualquer coisa, sem que alguém o chateasse. Era uma pessoa complicada, que não conseguia controlar nem o alcool nem a sua cabeça, e confesso que algumas vezes me incomodou. Mas sempre achei que se era uma pessoa válida merecia pelo menos a minha compreensão.
Este episódio fez-me passar algum tempo a pensar sobre o que nos faz afastar as pessoas ou escolher aquelas com quem nos queremos relacionar. Quanto a mim, passo ao lado de pessoas mesquinhas, egoistas, más para os outros, pessoas que só se relacionam com os outros por algum interesse. De resto todas as pessoas são válidas, quer se vistam mal ou sejam feias, doentes fisica ou psicologicamente, excêntricas ou vulgares, com opiniões e atitudes iguais ás minhas ou diferentes. São pessoas, merecem a minha atenção.

segunda-feira, outubro 25


Alegria de roxo Posted by Hello

...

Caminho algures sem rumo
nesta terra de guerra
onde ninguem vive
apenas vegetam, vegetam
sem nunca verem a razão de viver
Caminho numa rua de cidade
olho em volta, que vejo?
Robots, simples robots
Robots que caminham
comem, bebem, dormem e,
trabalham, trabalham, trabalham
nenhum deles me olha
nenhum percebe que existo
Grito, grito bem alto
De nada resulta
foram programados por surdos
Mudo de rumo
Caminho numa rua de aldeia
Torno a olhar em volta, que vejo?
Gente, gente que quer viver
gente que trabalha nos campos, no mar
sofrem, mas pensam
Pensam, pensam até encontrar,
encontrar a solução
Encontram, rumam à taberna
Tomam a resolução.

sábado, outubro 23


na sombra... Posted by Hello

sexta-feira, outubro 22

CONTO: "A ilusão dos olhos faladores, 10 segundos após a existência das lâminas" (Parte III)

(continuação...)
Terminado o que serviu de pretexto para um pouco mais de intimidade, ou o tão banal jantar, dirigiram-se para a instalação musical, que ali não era mais que o quarto de Lâminas com a finalidade de deixar penetrar nos seus ouvidos o som do qual se extrai um fluido relaxante que os transporta para uma outra existência. Sem qualquer premeditação, e disto não se duvide, as suas mãos tocam-se, provocando uma série infindável de sentimentos e desejos apenas controláveis pela loucura. Loucura que lhes rouba o sentido do real, permitindo-lhes sair do mundo para se amarem.
Passaram-se horas, talvez, ou apenas alguns minutos, nada nem ninguém o pode determinar. Banhados na humidade quente da loucura, só lhes resta a delirante frescura de um banho desejado.
De corpo fresco mas de alma quente, regressam ao antro, onde o Eu volta a encontrar a cadeira vazia ao lado da mesa também vazia. Senta-se, procura com o olhar o empregado, que o atende finalmente.
Pede-lhe um café ao que o empregado responde sempre com um toque de cabeça. Mas onde está o Lâminas? Bom, o Lâminas situa-se no exterior do antro, junto das caras suas amigas.
O Eu inicia mais um ritual cafeíno já conhecido de todos. Quando se dá o “terminu”s desse ritual, acende um cigarro que saboreia prolongadamente, e o olhar volta a perder-se na longitude do espaço.
Mas, de repente, ouve uma pergunta que lhe pareceu familiar. Sente um impulso no corpo. Que se está a passar? Tudo à sua volta lhe parece diferente, talvez mais real. Mas que pergunta era essa? Alguém que lhe queria fazer companhia? Que lhe estará a acontecer? Terá sonhado? Sem dúvida esteve a sonhar acordado, a sonhar com algo que tanto desejava.
Entra no real e decide olhar para o lado para satisfazer o “perguntador”, e...........que vê ele? Sente uma tontura. O Lâminas.........!! Fica perplexo, sem fala, apenas tem reacção para o mandar sentar.
Os pensamentos confundem-se. Terá mesmo sido um sonho? Pergunta a si mesmo. Percebe que sim, foi um sonho, mas.......não irá ele repetir-se de novo? Não, agora não está a sonhar, olha à volta e percebe que tudo é bem real.
Seria o inicio de uma loucura? Seria a realização de um desejo? Bom, é melhor acabar por aqui e deixar o resto no íntimo do Eu e do seu companheiro Lâminas. Mas nada voltou a ser como dantes naquele antro das argolas cavaleirescas...................

FIM

a surpresa... Posted by Hello

terça-feira, outubro 19

CONTO: "A ilusão dos olhos faladores, 10 segundos após a existência das lâminas" (Parte II)

(continuação...)
O Eu, como já estava cansado daquele olhar frio que não conseguia segurar nem compreender, decide sorrir, embora com algum receio. A espera de uns escassos décimos de segundo pela reacção, iria tornar-se insuportável, mas eis que............GLÓRIA!!!!! Ele responde ao sorriso com outro sorriso, mas esse mais acentuado, já sem estar acompanhado de receio, mas sim recheado de uma maravilhosa alegria. Como se o sorriso por si só não bastasse, o Lâminas, dirige-se, por entre o mobiliário, para a mesa onde se encontrava o Eu. O Eu sente-se terrivelmente mal, devido ao nervosismo, pensa que vai desmaiar. Olha para o lado e decide não o fazer, o chão parece demasiado desconfortável. Volta a olhar em frente e vê o Lâminas, agora já à sua frente, perguntando qualquer coisa. Os nervos são tantos que não consegue ouvir. Por fim, decide esquecer o sistema nervoso e voltar mais ao real.
O Lâminas volta a perguntar se pode fazer-lhe companhia e, após ouvir a tímida afirmativa, possivelmente desejada, senta-se, acende um cigarro e volta a penetrar o seu olhar no Eu. Depois das breves apresentações e respectivos sorrisos, conversam sobre si e sobre os seus afazeres.
O empregado chega com mais um café para aquela mesa, e mais uma vez se dá a troca de bens. O ritual recomeça, mas desta vez o seu protagonista é o Lâminas. Terminado o ritual, a conversação recomeça e parece não ir acabar nunca. No entanto, esta conversa termina passada uma dezena de minutos. Cessa a conversa e ambos se levantam dirigindo-se para a porta. Que se terá passado, afinal? Querem mesmo saber? - Ninguém pode mais ter a sua intimidade, bolas!!...
Bom, o Lâminas, muito simplesmente, convidou o Eu para jantar em sua casa. O Eu aceitou, embora com alguma relutância inicial. Lá foram os dois, até casa do Lâminas.
Essa casa não fica muito longe do antro, logo não tiveram de andar muito. Chegaram, e por serem apenas os dois a ocuparem aquelas instalações de bem-estar, o Eu, agarrando-se ao seu bem-estar, pode ficar à vontade.
Continuam a falar dos seus gostos e desgostos, enquanto o Lâminas preparava aquilo que seria o jantar, com a ajuda do Eu, claro.
Falaram bastante e beberam ainda mais, pois, definitivamente, a saliva gasta-se
.
(Continua...)

segunda-feira, outubro 18


Força interior Posted by Hello

CONTO : "A ilusão dos olhos faladores, 10 segundos após a existência das lâminas"

Ao sair de uma derramação eléctrica, onde a permanência do Ró sobressai no centro das mentes cansadas, o Eu decide dirigir-se para o antro das argolas cavaleirescas, a fim de tomar um café.
O Eu sobe as escadas que dão saída para o mundo, e encaminha-se para o local onde passará o autocarro laranja. Será essa laranja que o levará até ao tal antro atroz.
Chega ao antro, entra, procura em vão companhia e, por fim, decide instalar-se numa cadeira vazia junto a uma mesa tambem vazia. Decide, por isso, e só por isso, agarrar-se à sua insignificante existência. Olha à sua volta e fica perplexo com tudo o que os seus tristes olhos conseguem avistar. Será talvez demasiado cansativo, embora nunca vazio de interesse, fazer uma descrição pormenorizada dessa visão. O Eu, por não querer esconder todo esse interesse às mentes alheias, vai correr o risco do cansaço, e percorrer toda essa linha até ao final. Pois bem, preparem-se!!
Ele olha à sua volta e avista um número infinito de cadeiras ocupadas por jovens velhos e velhos jovens que comunicam animadamente, utilizando para isso tema banal seguido de outro tema banal, que os fazem esquecer tudo quanto os rodeia. E que será que os rodeia?
Não mais que as colunas circulares e caneladas, lâmpadas hexagonais e tudo o resto que vai servindo de decoração ao antro. Mas será só isto que o Eu consegue visualizar? Não! O Eu vê mais que isto. Vê caras, cara triste e cara alegre, caras melancólicas, carregadas de tédio e todas as outras palavras chatas que toda a gente usa frequentemente. Ele sente que essas caras entraram numa paragem da morte.
De repente poisa os olhos num grupo de jovens velhos e decide analisá-los. Pratica um acto de má educação e põe-se à escuta. A conversa por fim começa a penetrar nos seus ouvidos. Escuta-a com interesse, e que ouve? Ora bem! Ele ouve tudo, menos o que gostava de ouvir. Toda a conversa se resume a: o fulano tal fez isto, ontem aconteceu-me aquilo, eu tenho isto e aquilo, aquelas tipas são assim, os outros tipos são assado, gostava de fazer isto, etc, etc, etc,..., enfim banalidades e coscuvelhices que aprenderam com os avós. Que juventude velha tão “fora”!!!
Finalmente chega o empregado que já tardava. Como sempre, o Eu pede um café e um copo de água a que o empregado responde com um toque de cabeça. Espera e, enquanto espera, continua a observar todos os que o rodeiam, descobre caras novas e outras já conhecidas de todos os dias, enfim, sempre a mesma monotonia.
O café chega acompanhado da água, faz-se a respectiva troca de dinheiro e o empregado parte em busca de alguém que precise dos seus préstimos.
Corta o pacote de cristais de açúcar, verte-o cuidadosamente no café, e depois de o mexer com movimentos certos e ritmados, passa-o atravez dos lábios, engolindo-o logo de seguida. Todo este ritual não estaria completo se, em cima do café, não bebesse um pouco de água.
Depois de terminado o ritual, pára para pensar e descobre que sente a falta de alguém. Alguém que se pode encontrar todo os dias no antro, e que naquele dia não contava nas caras. O Eu fica angustiado, e decide resignar-se com tal ausência. Acende um cigarro, que saboreia até ao filtro, volta a acender outro cigarro e deixa que o olhar se perca na longitude do outro lado do largo.
Já o olhar se cansava quando, de repente, sente um arrepio percorrer a espinha dorsal, mas desta vez não era da questão. Conseguem imaginar o que seria? Não é facil. O Eu acabara de avistar a cara que estava ausente até aí. A cara não é mais que o Lâminas. O Lâminas caminha na parte exterior do antro, pára junto de outras caras suas amigas e começa uma conversação animada e interessante, da qual o Eu não conseguia decifrar uma única palavra.Passados alguns minutos, o Lâminas decide ter vontade de passar pelos lábios algo que possa saborear, talvez um café, e encaminha-se para a porta. Entra e, uns segundos após esse seu acto, pára, como se tivesse sido electrocutado. O Eu olhava-o e ele olhava para algo paralizado. Passados alguns segundos, o Eu estremeceu porque percebeu que era para si que ele olhava. Passaram-se largos minutos em que os olhares se cruzavam numa conversação de que que ambos estavam alheios.
(continua...)

domingo, outubro 17


Cores marinhas Posted by Hello

sexta-feira, outubro 15


O feitiço Posted by Hello

O fim de semana

Eis que chegou o fim de semana.
Para muitos são 2 dias de descanso, ou de noitadas e passeios, ou de aconchego com a familia. Para mim são mais 2 dias de trabalho. Trabalhar por conta própria sem horários e a cumprir prazos não é fácil.
Mas não são 2 dias normais. São 2 dias em que tenho alguem ao meu lado que me dá força, que me dá apoio e carinho. Dias em que posso partilhar de imediato todas as sensações e sentimentos. Dias em que a minha mão está protegida por outra, em que não tenho medo de nada. São dias em que adormeço cansada mas com uns pés a aquecerem os meus. Dias em que acordo sem vontade mas em que ao abrir os olhos sinto um sorriso a crescer em mim. Dias em que tudo se acende, em que só existe brilho á minha volta.
São os meus dias :)

almas condensadas em turbulência Posted by Hello

quinta-feira, outubro 14


Manto puro Posted by Hello
INCÓGNITO BAR

A agenda do meu bar preferido para o mês de Outubro. Podem sempre visitar o site em www.incognitobar.com
QUI 14 »»» “RETRO REFRESH Sessions” (electropop new & old)música: PEDRO VILAS video: VideoHall
SEX 15 »»» “INCÓGNITO CONVIDA:” (alternative poprock & electropop)música: PAULO LIZARDO + PAULO GARCIA (sic radical) video: Filipe Nabais
SÁB 16 »»» “WONDERFUL ELECTRIC” (today's music,today!)música: RAI video: Filipe Nabais
QUA 20 »»» “REPLAY” (80s & 90s)música: PEDRO CHAVES
QUI 21 »»» “The CLIENTS are TAKING CONTROL” (alternative indie rock)música: LUÍS BENTO + LUÍS SOARES
SEX 22 »»» “POP POP AND AWAY!” (like the name says: pop)música: FERNANDO MORGADO video: Filipe Nabais
SÁB 23 »»» “WONDERFUL ELECTRIC” (today's music,today!)música: RAI video: Filipe Nabais
QUA 27 »»» “INCÓGNITO CONVIDA:” (poprock)música: SOFIA M
QUI 28 »»» “INCÓGNITO CONVIDA:” (poprock)música: ZÉ PEDRO (25 anos de Xutos
SEX 29 »»» “CLINIC meets INCÓGNITO:” (alternative poprock & electropop)música: NUNO GOÇALVES (The Gift / Clinic - Alcobaça) video: Filipe Nabais
SÁB 30 »»» “POP POP AND AWAY!” (like the name says: pop)música: FERNANDO MORGADO video: Filipe Nabais
DOM 31 »»» “HALLOWEEN NIGHTFEVER” (hell of a night baby!)música: RAI { in pop mode: bang!bang! } video: Filipe Nabais

quarta-feira, outubro 13


Só na imensidão Posted by Hello

TOM WAITS - REAL GONE

E eis que este grande senhor nos presenteia com mais um album de originais. Desenganem-se aqueles que pensavam que já não se iriam surpreender com o trabalho deste senhor. Aos 55 anos e com uma carreira musical de 34 anos (o 1º album 'Closing Time' data de 1973) põe o seu instrumento preferido de lado, o piano, e vai em busca de novas sonoridades como a percussão vocal que ele diz ter gravado em longos periodos fechado na casa de banho apenas com um gravador de mão. Chama-lhe 'funk cubista'.
Não sei se é funk ou sequer cubista, mas que tem arestas e muito poucosuaves, tem.
Ele é ritmos cubanos, ele é ritmos havaianos, ele é reggae, ele é folk e tudo isto sem nunca deixar para trás o blues.
Com a sua voz anasalada e crepitosa, Tom Waits oferece-nos um album que, quanto a mim, não é para dançar nem para ouvir sentado, mas sim para ouvir a deambular pelo espaço com um copo de vinho na mão e um cigarro na outra.
Como dizia alguem 'a sua casa continua no mesmo sitio, apenas com uma porta diferente'
 Posted by Hello

terça-feira, outubro 12


Acima das nuvens Posted by Hello

À TONA DA VIDA

Se te fores cansando dos amigos que fazes
No caso de quereres dizer outra coisa do que o que dizes
Diz sempre que passaste com eles o melhor tempo de sempre
O melhor tempo com pessoas que vivem à tona da vida

Vestimo-nos de forma conservadora para as melhores ocasiões
Preferimos as sombras às luzes que brilham nos olhos
Daqueles que amamos, às luzes que brilham nos olhos daqueles que amamos

Do que vemos e imaginamos os olhos nada nos dizem
As luzes que brilham nos olhos daqueles que amamos nada nos dirão
Como serão as cicatrizes da imaginação?
As cicatrizes da imaginação
Do que vemos e imaginamos os olhos nada nos dizem
Nada a não ser que vives à tona da vida

Se te fores cansando doa amigos que fazes
Em caso algum lhes vires as costas
Diz que passaste com eles o melhor tempo de sempre
O melhor tempo com pessoas que vivem à tona da vida

in "Céu Faminto" de John Cale

segunda-feira, outubro 11


ceu Posted by Hello

O inicio

E assim vamos ver o que isto vai dar....
Nunca tive vontade de "ter" um blog, nem sou visitante assídua de blogs. Aliás, visito alguns mas raramente comento. Por isso não sei o que me deu hoje para iniciar esta coisa. Talvez tenha sido o maravilhoso amanhecer de hoje. Ou outra coisa qualquer que nem percebi.
A verdade é que gosto de ler e até já gostei bastante de escrever. Gosto de pessoas, de ouvi-las, de saber "o que pensam da vida", o que sentem. E para isso talvez isto não sirva, não sei...
Não prometo escrever muito, nem tão pouco escrever coisas interessantes. Provavelmente só vão sair disparates. Não prometo nada. Só que vou tentar escrever sem erros (tarefa dificil).
Não tenho interesse nenhum em particular e tenho vários em geral, por isso não sei se vou escrever sobre isto ou aquilo, ou sobre nada e tudo. Logo se vê.
Enfim.... Apetece-me...
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